5 de set. de 2010

10. A bala

Aqui segue um transbordamento decorrente de 24 horas em Diamantina, ao lado do tio Dirceu, em setembro de 2010.
Nessas 24 horas filmei e fotografei as casas onde moraram nossos avós, bisavós e trisavós.
Em Diamantina as casas não são demolidas.
Vi o prédio dos Telégrafos, onde vovó Adila, tia Lourinha e tia Lilinda trabalharam, quando este ainda não estava ligado aos Correios, e ouvi seresta, banda e vesperata.
Aceito críticas, emendas, comentários e sugestões:

Nenhuma morte é súbita.
O nascimento não se dá num dia. Nenhuma Morte é súbita.
Começamos a nascer muito antes de virmos ao mundo e damos a primeira morridinha quando perdemos um ente querido, um grande amor para sempre, a admiração de um filho, a primeira doença grave, o primeiro fio de cabelo branco. Tudo acontece aos pouquinhos.
Nascemos e morremos repetindo nossos parentes. Ao longo das gerações, adquirimos e repassamos características, qualidades e defeitos, e excluímos sinas, destinos, manias, qualidades e defeitos.
Misturamos qualidades com defeitos. Relativizando-os.
Criamos qualidades e defeitos novos, mas muito raramente.
Alguns fatos marcam a ferro a trajetória das famílias.
Até onde sei, dois acontecimentos marcaram a vida do encontro entre os Meneses, os Vasconcellos e os Horta.
Foram eles: os dois meninos levados pelas tias talvez num ano de 1927, e o pai ausente que morreu no sanatório, talvez num ano entre 1935 e 1940.
Dois assuntos polêmicos que ainda hoje produzem lágrimas dos olhos do sobrevivente.
Estamos sempre a julgar, como se diria em Portugal.
Principalmente os mortos, estes são alvos fáceis.
Não estão aqui para se defender. As tias levaram os meninos e deixaram as meninas? As tias separaram os filhos da mãe, quer dizer, de sua mãe? Ou as tias salvaram os meninos? Ou as tias permitiram que os meninos estudassem, e adultos ajudassem às irmãs e à própria mãe?
Ou as tias não pensaram em nada quando pegaram um menino doente e levaram para casa para cuidar e acabaram ficando com ele e depois com outro? Ou as tias, por serem solteiras e não terem seus próprios filhos, sentiam falta de amor, e transferiram esse sentimento para seus sobrinhos, ganhando, assim, uma razão de viver, e mais tarde, até netos postiços?
Antenor Alves Horta foi um pai ausente, um marido que não amparava, um fazedor de filhos, um irresponsável, beberrão e gastador? Ou Antenor Horta foi um homem inteligente, de boa índole, apaixonado por Adila, escritor, orador, figura de destaque em Diamantina, vítima da doença do alcoolismo? Morreu no sanatório e foi enterrado como indigente por descaso dos filhos? Por castigo divino? Ou simplesmente porque assim correu o rio da vida e o leito das margens das circunstâncias? Entre tantos acontecimentos trágicos, tristes, dolorosos por quais passam todas as famílias, por que há alguns que ficam bem acesos na memória enquanto outros desaparecem sem deixar vestígios? Quem alimenta o fogo da inveja, da injustiça e da culpa?
Quem fica remoendo a velha dor e repassando a velha ferida?
A chaga, como ela determina as gerações de vítimas?
A vida, como ela escolhe os que vão cantar mais que resmungar dos que vão resmungar mais que cantar?
A morte, como ela separa os que levará consigo ainda nas fraldas e os que vão sobreviver com garra a todas as perdas e envelhecer sem seus contemporâneos conduzindo o ramo da descendência com mão forte e olhos atentos?
São perguntas sem resposta, ninguém escolhe coisa nenhuma, a vida simplesmente segue, não importa em que circunstâncias, segue, segue, segue, segue. A vida só quer uma coisa, e desesperadamente: seguir.
Seguindo, temos alguns fatos a esclarecer. Como o sobrenome Meneses saiu e voltou para a família? Como os Vasconcellos perderam seus homens, perderam um "l" na reforma ortográfica. E por que Menezes agora se escreve com z?
Antenor Alves Horta, Sinhá Linda e Lourinha serão perdoados, entendidos, esquecidos?
Faces da mesma moeda, aquele que quase não via os filhos e aquelas que criaram dois filhos de Antenor, ficarão eternamente sentados no banco dos réus imaginário?
Uma coisa é certa: não se nasce de repente.
Quando o troupeiro Antônio chegou à Dimantina trazendo nas costas de uma mula o primeiro bandolim, trouxe também a moda que pegou entre os mineiros, e que começou a delinear o perfil de minha avó, Adila, que hoje em minha memória é representada por um bandolim tocado por unhas pintadas de uma mulher de idade, elegante, coluna ereta, saltos altos e cabelos azuis, como se usava enfrentar o grisalho com elegância.Lembro perfeitamente de sua mão.
Meu avô Antenor, o polêmico Antenor I, que não conheci, sabe-se, tocava flauta doce.
Será que eles tocaram juntos?
Será que alguém se lembra dessa cena imaginada: Adila moça, jovem, bela, apaixonada, e Antenor falante, garboso, apaixonado, sentados na sala antiga, ela com seu bandolim, ele com sua flauta doce? Alguém se lembra do silêncio em que ficaram quando a música acabou e eles se olharam nos olhos numa tarde de um quiçá maio de 1889?
Vovó Adila não teve uma vida fácil. Teve uma vida dificílima. Entretanto, ninguém sabe como, sempre encontrou tempo para o seu bandolim, inclusive para atualizar seu repertório, uma vez que me lembro perfeitamente dela tocando O Tema de Lara, da trilha sonora do filme Doutor Jivago, de 1965, com Omar Sharif, Julie Christie e Geraldine Chaplin.
Com pouco dinheiro, uma quantidade enorme de filhos, um marido apaixonado, inteligente e ausente, um emprego no Telégrafo, quando este ainda não era associado aos Correios, a jovem Adila lutou muito pela sobrevivência de seus filhos.
Sobrevivência, naqueles idos, não era uma metáfora. Os filhos morriam de verdade, de doenças, com ou sem diagnóstico.
Adila não perdeu seus filhos por doenças, e nem os perdeu quando os meninos foram para a casa de suas irmãs solteiras, que criaram Francisco, o quinto filho, e Dirceu, o terceiro, como se filhos delas fossem.
Adila perdeu seu filho Célio ainda bebê e perdeu seu filho Antenor Francisco, que morreu com cinquenta e seis anos de idade. Meu pai. Ninguém teve coragem de contar para Adila, nem os médicos recomendaram, que seu filho homem mais novo tinha ido embora tão cedo. Tentaram enganá-la com cartas falsificadas e notícias inventadas, até que, como na literatura, um dia vovó Adila não abriu mais as cartas nem perguntou mais de Antenor Francisco, seu quinto filho, que recebeu o nome do pai, Antenor, e o repassou para o filho: Antenor Francisco de Vasconcelos Horta Junior, na verdade neto.
Francisco, ou Chico, dizem, só soube que seu primeiro nome era Antenor quando teve que tirar documentos para estudar em Belo Hozizonte, aos treze anos.
Motivo? Vovó adila queria fechar o acróstico que os nomes dos filhos formavam sem querer, e homenagear o marido, escondido das irmãs e da mãe, que eram contra o casamento. O acróstico, pra quem ainda não sabe, é Wanda, Armando, Neide, Dirceu e... Antenor. Armando deveria se chamar Antenor, pois era o filho homem mais velho. Mas vovó Adila não teve coragem.
Quando seu marido, Antenor, percebeu que, se o nome do próximo filho começasse com a letra A e vingasse, o acróstico seria formado finalmente em 1924.
Este argumento, o do acróstico, foi mais forte que todos os outros, e Adila tomou coragem e aceitou o pedido de Antenor pai. Registraram o menino, louro de olhos azuis, cheio de cachos, com o nome do pai, precedido de Francisco, em homenagem a São Francisco. Mas não disseram para ninguém, era um segredo deles, mais um segredo de Antenor e Adila. O resto já contei. Antenor (meu pai) também não sabia o segredo de seu próprio nome. Não sei se gostou de se chamar Antenor. Soube em 1937. Hoje em dia é um nome em desuso, época dos Brunos, Marcelos, Diegos, Diogos, Lucas e Tiagos. Mas naquele tempo era um nome bonito e forte, como nossos antecipados Serafins, Armandos, Juscelinos e Franciscos.
O primeiro Juscelino nascido e registrado em Diamantina era nosso. Foi a família Horta que adotou o nome que mais tarde iria inspirar a mãe do nosso futuro presidente da República, o presidente bossa nova e Kubitskchek.
A ausência do pai é um dos arquétipos fortes na família Horta.
O outro é a presença das tias.
Tias Lourinha e Sinhá Linda criaram dois filhos homens de Adila. "Levaram os meninos", como se diz na família. "Arrancaram da mãe".
Esta situação trouxe uma montoeira de versões que até hoje ainda rolam nos cochichos da árvore genealógica. E muitas lágrimas, porque os mineiros de Diamantina são inteligentes e chorões. Sinhá Linda e Lourinha levaram os dois meninos menores. O maior, dizem, ninguém conseguiu segurar. Foi o único que levou para a maturidade lembranças do rosto do pai ausente. Não porque o pai Antenor se relacionasse com ele, mas porque era ele, Armando, o mais velho, quem levava o pai bêbado para casa, segundo reza a lenda.
Independente, Armando também herdou os olhos azuis de seu pai, acrescentando-lhe o tino pelo trabalho, e cedo envolveu-se com a venda de pedras preciosas.
Dirceu se lembra que com dois anos foi levado, muito doente, por suas tias Lourinha e Lilinda para a casa de sua avó Terezinha de Meneses Vasconcellos. No ano de dois mil e dez, os olhos de Dirceu ainda têm lágrimas para narrar o momento em que viu uma caminha arrumada, lençóis brancos, coberta, tudo esperando por ele. Disse: Agora eu não morro mais. E cumpriu a promessa. Com noventa anos vive a vida com a disposição de quem a conquistou bem pequeno, aceitando e entendendo a intenção da tia que o tirou do convívio com a mãe e as irmãs para que não morresse, mas criou, com isso, uma polêmica que no século vinte e um ainda estimula a imaginação dos netos e bisnetos. Sinhá Linda, a Lilinda, e Dolores, a Lourinha, "roubaram" os meninos homens e deixaram as mulheres com Adila? Lilinda salvou a vida de Dirceu? Lourinha foi mais que uma avó para os filhos de Francisco, que não eram dois, eram três e não viraram filme.
Então foi assim: Lilinda "ficou" com Dirceu e Lourinha "ficou" com Antenor. Mas os meninos levados tiveram atitudes diferentes.
Se por seu lado, Dirceu sempre foi imensamente grato à Sinhá Linda, sentindo-se eternamente ligado a ela pela educação que recebeu no seminário, pelo simbolismo da rapadura que ela levava embrulhada num pano pra ele, vestida com roupa poída e sapato velho, sem dentadura, no frio, segundo ele lembra, cheio de lágrimas... por outro lado Franciso ressentiu-se com o afastamento "forçado" de sua mãe, e, adulto, não deixava de louvar Adila em seus discursos (os homens da família discursavam nas festas) , e deixar escorrer algumas lágrimas ao repetir eternamente ad infinitum que não fora criado pela mãe e que a amava muito.
Mesmo amando e respeitando tia Lourinha, Francisco nunca se conformou em ter sido afastado da mãe. E o verbo, entre os Horta, se conjugou assim "foi afastado". Quem é afastado, é afastado por alguém. Não se diz "teve que ser afastado".
Afastado sim, mas apenas algumas quadras inicialmente. Acidade de Dimantina é pequena, um podia ir a pé para a casa do outro. Não sei onde estava Adila com as meninas quando Lourinha levou Francisco para estudar em Belo Horizonte quando o menino tinha treze anos. Concordou, Francisco foi levado escondido? Despediu-se da mãe? Chorou? Gostou de ir para a capital? Foi animado, triste, interessado? Já conhecia Belo Horizonte? Havia outros parentes lá?
Como neta de Adila e filha de Francisco, tenho direito a dar a minha opinião sobre o fato da separação dos meninos, já que todos os integrantes da família Horta têm a sua. De minha parte, entendo que os meninos não foram sequestrados. Foram levados com o consentimento de Adila. Os meninos não foram levados por mal. Os meninos foram levados por bem, foram amados, tiveram melhores condições para comer, vestir-se, e estudar. Ambos formaram-se em Direito, profissão que, na época, exigia vocação para orador, pensamento rápido e inteligência sagaz, diferentemente do que ocorre hoje em dia, quando o sonho do advogado é memorizar leis e passar logo nos concursos públicos.
E por que não levaram as meninas? Perguntam os parentes. Porque naquele tempo eram os homens que estudavam, as mulheres eram preparadas para casar. Os homens tinham mais chances de ganhar dinheiro e ajudar o resto da família, como realmente aconteceu.
E finalmente, os homens tinham acabado na família Vasconcellos, por guerra, doença ou fuga, e era urgente fazer com que sobrevivessem os filhos homens de Adila.
A mãe de Adila, Terezinha de Meneses Vasconcellos, tinha perdido o pai, o marido, o filho e o irmão.
Os Vasconcellos tinham ficado sem descendência masculina.
Entre os filhos de Adila, um já havia morrido, o Célio, gêmeo da Célia. Sobraram três. Armando saiu de casa cedo. Sobraram dois. Um estava mortalmente doente. Assim, a mãe e as irmãs de Adila levaram os dois meninos. Nada mais natural. Imagino eu que, com o passar do tempo, por razões desconhecidas para nós, Sinhá Linda afeiçoou-se mais ao menino Dirceu e Lourinha ao menino Francisco, ou o menino Dirceu afeiçoou-se à tia Lilinda enquanto tia Lourinha foi a preferida de Francisco, que mais tarde virou Antenor, não sabemos. E só temos direito a uma versão: a de Dirceu, que está vivo.
Essa escolha foi acontecendo aos pouquinhos, no dia-a-dia de cada pão, até que Lourinha foi para Belo Horizonte com Francisco e Sinhá Linda ficou em Diamantina com Dirceu?
Enfim, o capítulo da vida que trata das tias que criaram os dois filhos de Adila é polêmico, mas tudo deu certo no final.
Mas vovó Adila teve ainda mais três filhos, Marília, e os gêmeos. De vovó Adila, boa contadora de histórias, eu ouvi a versão da morte do bebê gêmeo de Célia, Célio.
Doente, dormia em seus braços, enquanto ela via passar a procissão. Vovó Adila orou para que Jesus levasse o menino, que sofria muito, respirava pouco, chorava, e não tinha chance de viver muito tempo. Enquanto a procissão passava, Adila orava com o menino Célio nos braços. Depois que a procissão passou, Adila voltou os olhos para o bebê pequenino enrolado em sua manta herdada dos mais velhos. Célio tinha ido com Jesus.
Adila deve ter amado muito seu marido Antenor Alves Horta, e com certeza foi uma mulher decidida e à frente de seu tempo. Casou escondido, na casa dos Brant, e trabalhou fora, atitudes que até hoje balançam os coretos. Enfrentou a ira da família, teve um filho atrás do outro, sofreu as ausências do marido, mas sempre vinha outro filho depois. Imagino, portanto, esse avô que não conheci, e parece que só o Armando conheceu, como um homem ausente, porém amado e bom de cama.
A vida de Adila foi difícil. Seu marido era escravo da bebida. Hoje em dia entenderíamos que tinha uma doença e era alcóolico, como se diz modernamente. Mas naquele tempo antigo o alcoolismo era considerado uma loucura, portanto, meu avô, quando bebia muito, ia par Barbacena (provavelmente no Trem dos Doidos, e escreveu um livro contando tudo que via e não aceitava quando estava sóbrio.
"Casa de Doidos" foi publicado em capítulos, sempre às segundas-feiras, no jornal.... até que a direção do hospital deu um jeito de interferir e mais tarde alguém deu um jeito de sumir com todos os exemplares do livro que denunciava os maus tratos, a ignorância e as injustiças que ocorriam dentro do Hospital de Barbacena. (http://www.museudapsiquiatria.org.br/predios_famosos/exibir/?id=1)
Mas meu avô não foi o único lúcido que teve a coragem de denunciar. Outros o fizeram e hoje, se buscamos na Internet, encontramos filmes, depoimentos, maquetes e fotos dos internos, nas piores condições. O hospital era uma espécie de Colônia Juliano Moreira de Minas. Uma chaga.
O hospital de Barbacena, inaugurado em 1996, hoje abriga o Museu da Loucura, que é uma atração não apenas para o meio acadêmico, mas para toda a comunidade. Isto porque, além de mostrar a história do antigo "manicômio", "através da exibição de equipamentos, fotografias, documentação de dados coletados e pesquisados em todo o Estado, enfoca a atual abordagem do tratamento psiquiátrico que vem sendo desenvolvida junto aos pacientes. Com isso proporciona abertura para as pessoas aceitarem melhor o portador de sofrimento psíquico e colaborarem no Projeto de reintegração do paciente na comunidade".

(Foi o primeiro hospital psiquiátrico de Minas, criado em 1903, como Assistência aos Alienados do Estado de Minas Gerais, onde antes funcionava um Sanatório particular para tratamento de tuberculose, o qual havia falido e estava desativado. Instalado então, nas dependências do antigo Sanatório de Barbacena, o "hospício", segundo registros históricos, está situado nas terras da antiga "Fazenda da Caveira" cujo proprietário era Joaquim Silvério dos Reis, conhecido na história mineira como o delator do movimento dos Inconfidentes).

Nesse hospital morreu meu avô. Esse avô, que tocava flauta tranversa, era um excelente orador, um mau pai, um marido ausente e um escritor sensível, deixou duas chagas abertas no seio da família. A primeira foi sua ausência inexplicável. A segunda foi sua morte dentro do hospício e seu sepultamento como indigente, segundo consta nos autos de transmissão oral de nossos parentes.
E se é impossível esquecê-lo, vamos tentar recontar sua história.
Os mortos não podem se defender. Mais de uma vez ouvi minha avó elogiá-lo. Nunca ela disse nada contra o marido, nem quando meu pai, já Antenor, perguntou chorando por que ele não se lembrava do rosto do pai se depois dele nasceram mais quatro filhos? Ao que vovó Adila respondeu esquivando-se: seu pai era um homem maravilhoso.
Então por quê, como perguntava Francisco antes de morrer aos cinquenta e seis anos, e como pergunta Dirceu até hoje, e estamos em setembro de 2010, por que eles não se lembram de terem recebido sequer uma bala de seu pai Antenor Alves Horta?
E por que tanto Francisco, mais tarde Antenor, quanto Dirceu, mais tarde desembargador, não se referem a um bife, um casaco, um beijo, uma moeda, mas à "bala" que nunca receberam de seu pai?
Que bala tão importante era essa?

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